É triste e estranho ver como a maioria das pessoa não têm a mínima noção de que a água não é um bem infinito. Eu acho que no Brasil temos um sério problema de planejamento, não sabemos lidar direito com catástrofes (a água não é um bem infinito e seu fim será uma catástrofe), não gostamos de pensar no pior. Ao abrir a torneira ou o chuveiro as pessoas não conseguem associar aquela abundância com uma futura calamidade. É um problema de cultura e até de educação mesmo.
Mas ainda acho que a esperança está nesta última. Se os professores apresentam números aos alunos (quantidade usada por cada habitante hoje, quantidade que será usada ou não no futuro caso o desperdício continue), se apresentam alternativas e maneiras de consumo a eles, os alunos acabam se interessando e se preocupando - eu mesmo já participei de uma discussão dessas numa escola.
Do jeito que as coisas estão indo, pelo que andei lendo, em vinte anos haverá uma redução em 1/3 da quantidade de água por pessoa.
Agora, toda discussão em torno disso precisa da participação da sociedade inteira! As grandes empresas fazem parte dela: mas será que elas estão interessadas em investir em propagandas (horários tv, espaços publicitários nas ruas e na internet) de conscientização? Duvido. Educar a população não trás retorno financeiro, e os gerentes das grandes coorporações acham qualquer discussão sobre melhorias na qualidade de vida, do ar, da água, mero idealismo barato.