Imagine um pedaço de elástico, preso nas duas extremidades. Agora, puxe sobre o meio e fique segurando. Resultado, enquanto for mantido puxado, assim se manterá, mas quando soltares, retornará à natureza do estado primitivo.
O elástico, comparemos a uma pessoa qualquer. Preso pelas extermidades, quero dizer, dois pontos definidos na vida de qualquer um; o nacimento e a morte. O elástico,nesta analogia, é o destino do indivíduo. Assim são os humanos quando conduzidos, ou determinados por limites que lhe são impostos.
Não confundindo educação com cultura, por que a primeira refere-se ao carácter do indivíduo, inerente ao grau evolutivo como entidade humana, a formação familiar, social e religiosa e a segunda, com suas inerências sociais do grau de instrução, conhecimento e aprendizado, podemos atingir a resposta que o assunto requer:
PRIMEIRO - Por mais amado o ser humano, se não houver limites, falham os doadores (pais) e os donatários(filhos). Os primeiros, por exagero e os segundos, por abuso.
SEGUNDO - Deve haver a consideração, de que somos únicos, na nossa existência, mesmo que orientados, dentre outros, num mesmo tempo qualquer, sob as guardas do mesmo carinho, amor e proteção dos nossos pais, manifestaremos resultados diversos, aos demais membros da mesma família.
TERCEIRO - Há de se crer, que nossas vidas, são passagens sobre a terra e que saímos e retornamos às cenas das encarnações, trazendo todo nosso manancial de conhecimentos, em todas existências, adquiridos.
QUARTO - Que tudo que se planta, se há de colher. Desta forma, se plantarmos rabanetes, colheremos em 30 dias; soja, se plantada, colheremos em 180 dias; ao plantarmos uma laranjeira, levaremos 5 anos para fazermos nossa primeira colheita; e, se plantarmos uma corticeira, quase garantido é que nesta encarnação, não faremos a primeira colheita de sua casca, por que decorrerão 50 anos, então passados.
Daí, chegamos a conclusão, que assim como as plantações comentadas, nossos atos e atitudes, nos retornam nos momentos oportunos e inesperados, mas inevitavelmente à tudo colheremos como nossos resultados.
Assim compreendido, nossos pais, progenitores ou responsáveis, são responsáveis até determinado período (idade). São responsáveis pelo que nos transmitiram, nos ensinaram, nos impediram, nos anularam, nos maltrataram, em suma, por tudo que deles absorvemos. Somando-se este aprendizado familiar ao carácter que trazemos do nosso passado (outras encarnações), aliado aos meios externos de convivências que ganhamos, conquistamos ou observamos, auto-nos-reeducamos, manifestando assim nossa autonomia (elástico solto) retornando às prisões do nosso destino.
Desta forma, os amados bebês que somos, nos tornamos cidadãos do mundo ou marginais sociais, até que, por conta própria consolidemos nossos interêsse, de uma ou de outra forma, para cidadãos marginalizados, ou marginais recuperados. Tudo, sem sobra de dúvidas é integralmente da nossa responsabilidade e tão somente.